Muitas vezes guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, pequenos textos que escrevemos e ficaram arrumados numa gaveta fechada...


Eu decidi abrir essas gavetas, e o resultado é este blog!




How many times we keep things for our own – opinions, feelings, ideias, moods, reflections, some little texts we wrote and put on a closed drawer…

Now I have decided to open those drawers, and this is the result!



terça-feira, 10 de abril de 2012

Responsabilidade precisa-se



Sou uma mãe galinha! Já todos me conhecem. Sou uma mãe protectora! Também é sabido.
Mas, independentemente disso, há coisas que me fazem uma certa confusão, e que são básicas. Têm a ver com responsabilidade. E se se pode pecar por excesso de protecção, há quem peque por falta dela.
Numa sexta-feira à noite, eram já cerca das 22 horas, saímos de casa, eu e o meu namorado. Íamos passar o fim-de-semana a casa dele.
Na rua, estava uma menina de 7 ou 8 anos, minha vizinha da casa em frente, com o seu cão. Mais à frente, um menino mais novo, talvez com 5 anos.
Ele estava a ir para casa, e ela estava a tentar que ele levasse o cão. Percebemos então, que o menino estava com medo de ir para casa sozinho, e ela dizia-lhe que o cão ia com ele!
Tinham estado a brincar em casa dela, mas já era tarde, e ele tinha que regressar a casa. Perguntámos-lhe então onde morava e ele explicou. Como era relativamente perto, fomos acompanhá-lo até ao prédio. Ele tocou à campainha e a mãe apareceu à janela. A única coisa que disse foi "Ah, é o Ivo...". Reparei que a porta do prédio estava apenas encostada e então empurrei. O miúdo entrou a correr, como se temesse que alguém lhe fizesse mal, e quisesse chegar depressa a um porto seguro!
E quem o pode condenar? Estava completamente assustado e cheio de medo!
Voltámos para o carro, ainda atónitos! Não porque esperássemos melhor agradecimento por um gesto que nem sequer tínhamos a obrigação de fazer mas que, ainda assim, achámos ser nosso dever, mas pela situação em si.
Então o rapaz vai brincar para casa da amiga, e o pai da amiga não estava em casa? Se estava, porque não foi ele acompanhar o miúdo a casa? Se não estava, como deixa duas crianças sozinhas?
E a mãe do rapaz? Será que sabia sequer onde o filho estava? Será que não teve a preocupação de ir procurar o filho, buscá-lo onde ele estivesse? Ou era-lhe indiferente?
Por acaso fomos nós a vê-lo, e levámo-lo à mãe. Mas nem toda a gente é assim. Qualquer pessoa mal intencionada poderia ter passado por ali, visto o miúdo e sabe-se lá o que poderia acontecer...Numa altura em que as notícias nos mostram criminalidade, pedofilia e tantas outras coisas, é caso para dizer - Responsabilidade - precisa-se!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Are we still here?



Quando pensamos que já tudo nos aconteceu, a vida encarrega-se de nos lembrar que muito mais poderá ainda acontecer!
Semana da Páscoa - semana santa, como lhe chamam. Já passou. E, para nós, foi tudo menos isso.
Logo na quinta-feira, o primeiro ovo oferecido ao meu namorado, com sabor amargo - não lhe vão renovar o contrato de trabalho! A notícia caiu como uma bomba. Quando tudo se estava a encaminhar, quando elogiavam o seu trabalho, quando o queriam em vários serviços, mesmo sabendo o excelente profissional que é, e como esteve lá, sempre que dele precisaram, tudo se desmoronou. Não têm nada a apontar, é verdade, é simplesmente a crise a fazer mais vítimas. De repente, vê-se a vida toda andar para trás, projectos de vida e planos a serem adiados...
Muito bem - levou um "murro no estômago". Cambaleou um pouco, mas é preciso mais do que isso para o derrubar. Mesmo contra a maré, há que remar para chegar a um novo porto.
Na sexta-feira, foi a minha vez de receber amêndoas "envenenadas", sob a forma de mexilhão. Maldito! Soube-me tão bem, mas fez-me tão mal!
O resultado não se fez esperar - logo nessa tarde, parecia uma mulher grávida! Tudo me agoniava, tudo me enjoava, não conseguia sequer pensar em comer! O meu namorado dizia que o frango cheirava bem, eu só queria sair da cozinha para fora porque não aguentava o cheiro!
E assim experimentei uma intoxicação alimentar que durou até domingo de manhã!
Domingo de Páscoa - a minha filha foi passar o dia com o pai, os meus pais foram almoçar fora, e eu tinha que fazer a limpeza à casa. Sim, podia ter adiado. Mas no próximo fim-de-semana teria que a fazer...O meu namorado foi embora perto da hora de almoço e eu pus mãos à obra.
Mas nem o aspirador quis colaborar comigo - mal o liguei, pifou! Deitava fumo por todo o lado!
À tarde, de passagem para ir buscar um amigo, o meu namorado fez a surpresa de me ir visitar! E, aí, foi mais difícil a despedida...
É que com tudo isto que tem acontecido, nós, como casal de namorados, temos ficado em segundo ou terceiro plano. Sim, temos estado juntos e apoiamo-nos um ao outro. Mas, por vezes, penso que estou a dar o apoio errado. Parece mais uma espécie de apoio jurídico, apoio financeiro, apoio contabilístico, e não aquele apoio de namorada, de companheira...E, naquele momento, voltámos a estar em primeiro plano, ainda que por escassos minutos...e fez-me perceber que, por baixo dos escombros, ainda cá estamos!

sábado, 7 de abril de 2012

Nesquik


Do que as crianças se lembram!
A minha filha queria comer pão com chocolate, e achou que a solução era despejar Nesquik numa fatia de pão de forma e comer!
Claro que depois engasgou-se com o pó. Quando cheguei ao pé dela, tinha a cara tipo palhaço achocolatado, estava aflita da garganta e, como entretanto andou a mexer na água, já o pó se tinha transformado em pasta para barrar a bancada, o chão e o meu casaco branco acabadinho de lavar!

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Olh'ó mexilhão!



É sexta-feira santa!
Vamos lá levantar cedinho, e pôr-mo-nos a caminho da praia para apanhar o mexilhão!
Ou então, podemos ser mais práticos e comprar na peixaria ou no supermercado!
Bom apetite!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Em que é que ficamos



Janeiro - Fui pagar a renda da casa. Levei dinheiro a mais porque não tinha trocado. A senhoria disse que arredondava-se para baixo, e devolveu-me 1 euro, para o mealheiro da Inês.

Fevereiro -  Fui pagar a renda da casa. Levei o mesmo dinheiro que no mês anterior. A senhoria voltou a devolver 1 euro.

Março - Fui pagar a renda. Desta vez, levei o dinheiro certo, conforme o valor que ela tinha arredondado. Não me disse nada.

Abril - Fui pagar a renda. Tal como no mês anterior, levei o mesmo dinheiro. E não é que ela me pergunta se eu tinha ficado com os "pretos" para a minha filha?!...

Foi a primeira e última vez! Daqui para a frente vai exactamente o valor do recibo, ou a mais. E ela que faça o que quiser com o troco, que nem a minha filha nem eu precisamos desses favores!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Entrou mesmo em erupção



 E, fez estragos! Tal como a lava, que vai queimando, e transformando em cinza, tudo à sua volta.
Primeiro começaram a sair pedras, gás e cinza. Em seguida, surgiu a lava.
Sabemos que a erupção de um vulcão é imprevisível, e pode causar diversos danos. Esta não foi excepção!
Tinha finalmente chegado o fim-de-semana, íamos voltar a estar juntos e matar saudades. Estávamos ambos a precisar desses momentos.
Mas nem sempre tudo corre como nós desejamos ou como imaginamos.
Este fim-de-semana foi passado entre a organização da papelada para o IRS, compras do mês, roupa e cozinha. É sabido que gosto de ser eu a tratar das coisas lá em casa e, por isso mesmo, não me importo se ele ficar mais algum tempo a dormir, ou se se entreter a ver televisão ou outra coisa qualquer, enquanto eu me despacho.
Naquela tarde, estava eu então a arrumar a cozinha, enquanto a minha filha e ele estavam na sala. Ela queria que ele a visse a pintar, ele queria esticar a perna porque se tinha lesionado na corrida da manhã. Ela implica com ele, ele não está com paciência e vai deitar-se na cama. Ela vai atrás dele e torna a acontecer o mesmo. Às tantas, ela vai para o quarto dela a chorar, porque ele não queria brincar com ela, só queria estar deitado.
E aí deu-se a minha erupção! Disse coisas que não devia, mas naquela altura estava realmente irritada. É que se eu não estivesse na cozinha, eu brincava com ela, mas como não podia, ao menos que estivesse ele ali um bocadinho com ela. Estava cansado e com dores? Também eu!
Também eu estava farta de trabalhar, estava cansada, estava sem paciência.
E ele, que queria tanto aproveitar para estar com ela, dali a pouco ia embora e não brincavam nada.
A verdade é que ele não tem obrigação nenhuma de brincar com ela ou aturá-la porque não é o pai. Mas também é verdade que ele lhe dá mais atenção e brinca mais com ela do que o próprio pai. Daí, talvez, ela lhe exigir mais. Portanto, fui injusta.
Mas saltou-me a tampa porque os dias anteriores não tinham sido fáceis para nenhum de nós, estava farta de trabalhar e não poder descansar como queria, enquanto ele ficou deitado até mais tarde, foi participar numa corrida porque quis, e passou bastante tempo sentadinho no sofá ou entretido a ouvir rádio. E não o critico por isso. Volto a dizer, prefiro assim. Mas pelo menos não me diga que está cansado!
Trabalha de noite? Eu trabalho de dia. Dorme pouco? Eu também durmo. A diferença não é assim tão grande.
É o feitio dele, eu sei. Já o conheço. E provavelmente estava mesmo cansado. Só que ele pode fazer aquilo que eu não posso. Talvez a minha irritação fosse frustração. Também eu queria poder esticar-me só um pouquinho, descansar um bocadinho...
Também eu queria poder não ter responsabilidades nenhumas nem que fosse por breves momentos. Mas não posso, nem quero. Tenho responsabilidades e sei que só quando as cumpro me sinto bem comigo mesma. É um pouco antagónico, mas eu sou assim!

terça-feira, 3 de abril de 2012

Intragavelmente Stressada




Ultimamente ando insuportável, intragável, irritada, stressada...imprópria para consumo!
E, coincidência ou não, desde aquele dia do acidente.
É que, depois do pânico, seguido do alívio de estar de volta a casa, veio a fase mais complicada.
Nomeada representante, pelo meu namorado, uma vez que estou mais habituada a estes assuntos legais, têm sido dias atrás de dias a telefonar para a nossa companhia de seguros e para a gestora de processo da outra companhia. Telefonemas para resolver o problema do reembolso de despesas de reboque e transporte, veículo de substituição, arranjo na oficina, pedir relatórios médicos, reuniões com avaliador dos danos físicos, marcação de peritagens de danos corporais...
Ou seja, um monte de burocracias que, infelizmente, têm que ser seguidas, e para as quais me disponibilizei de imediato para tratar, mas que só me fizeram lembrar mais aquilo que só queria esquecer.
Juntando a este stress, as birras da minha filha logo nos dias a seguir ao acidente, o facto de ter estado quinze dias sem poder ver o meu namorado, o stress do trabalho que não correu muito bem, e tudo aquilo que ainda tinha para fazer quando chegava a casa, consegui o cenário ideal e mais parecido com um vulcão pronto para entrar em actividade a qualquer instante!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Ídolos - 5ª Edição


       

Esta 5ª edição do Ídolos pouco ou nada traz de novo, a não ser a mudança de elementos do júri.
Algumas pessoas com talento musical, outras sem nenhum, outras ainda com talento para a comédia e para candidatos a cromos de Portugal, como não poderia deixar de faltar num programa destes!
Quando um formato é sucessivamente utilizado, por muitas alterações que lhe façam, começa a perder o interesse das primeiras edições.
Quanto ao júri, é o pior de todas as edições.
E confesso que fiquei em pulgas para ver como funcionaria o Manuel Moura dos Santos com o Tony Carreira!
Por muito sucesso que tenha, por muito boa pessoa que seja, por mais que perceba de música, definitivamente Tony Carreira não está ligado ao pop e, na minha opinião, não foi uma boa escolha.
A Bárbara Guimarães, por muitos programas de caça-talentos que tenha apresentado, não tem qualquer formação para tecer comentários a nível musical, sendo mais uma opinião como espectadora/ ouvinte e, quanto muito, consultora de moda e imagem mas, até para isso, poderiam ter escolhido alguém mais qualificado.
Sobram, para salvar a honra, o Manuel Moura dos Santos (o único que sobreviveu a todas as edições), apesar de não ser fã do seu ar arrogante, e o Pedro Abrunhosa.

domingo, 1 de abril de 2012

Toy Storie - Brinquedos até ao infinito...e mais além!



Ontem foi dia de tripla sessão de Toy Storie!
Acabadinhos de chegar a casa (para fazer companhia ao primeiro), o 2 e o 3, como prenda pelas boas notas do 2º período da minha filha!
Gosto de colecções, e esta era obrigatória. São histórias de brinquedos que se poderiam muito bem transpor para a realidade, e para as pessoas.
Na verdade, com a chegada de novas pessoas às vidas de cada um, quem já faz parte dessa vida pode-se sentir ameaçado pelas novas presenças. Pode ter medo de perder o seu lugar.
Mas aqui, na história, mostrou-se que dois brinquedos fantásticos podem coabitar e coexistir, sem que nenhum seja colocado de parte. Mostra-se o verdadeiro valor da amizade, do espírito de entreajuda e equipa, de sentimentos e recordações que todos os brinquedos nos trazem, da sua importância ao longo da nossa vida. E consegue-se fazer um contraste entre as diferentes formas como os brinquedos são tratados.
Embora cada um dos filmes tenha a sua importância, para mim o mais marcante foi, sem dúvida, o terceiro! É o que mais mexe com as emoções, o que nos faz recordar a evolução do tempo, a nossa evolução, e como os brinquedos nos foram acompanhando. E quando já não somos mais crianças, que destino os espera? Eu ainda guardo bonecas, peluches e brinquedos de quando era pequena. Tive pena que o meu pai tivesse doado outros que eu adorava. E a minha filha, contagiada pelo espírito do filme, decidiu recordar os velhos tempos e ir buscar estas duas bonecas - a Inês e a Marta - para brincar!
A mensagem passou!

sábado, 31 de março de 2012

Sequestro



Uma jornalista que vive para o trabalho, que coloca acima de qualquer emoção, mas que ainda poderá surpreender muito com as suas atitudes ao longo da trama.
Um casal de namorados ao estilo Romeu e Julieta, com a diferença que apenas o pai dela é contra. Um pai tirano que revela que sentimentos é algo que não habita em si.
Um nascimento complicado e arriscado, numa estação de serviço, no meio de um assalto. Um vaqueiro que se transforma em obstetra. Um casal de idosos em lua-de-mel.
O final engloba romance, famílias felizes e criminosos punidos.
É um livro que se lê bem, e que recomendo!