Muitas vezes guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, pequenos textos que escrevemos e ficaram arrumados numa gaveta fechada...


Eu decidi abrir essas gavetas, e o resultado é este blog!




How many times we keep things for our own – opinions, feelings, ideias, moods, reflections, some little texts we wrote and put on a closed drawer…

Now I have decided to open those drawers, and this is the result!



terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Como gerir o ordenado



Cada um saberá a melhor maneira de gerir o seu dinheiro, isto quando há tempo, e é possível geri-lo!
Porque algumas pessoas têm tão pouco, que mal lhes chega às mãos, logo desaparece, ainda antes de terem pensado numa eventual gestão.
E outras há que, simplesmente, não querem saber disso para nada, porque convivem melhor com a desorganização.
Mas, para aquelas que preferem as contas, e as notas, mais arrumadinhas, aqui ficam algumas dicas, que mais não são do que a minha própria experiência nessa matéria!
Então é assim que eu costumo fazer:
1 - Quando recebo o ordenado, mentalizo-me que recebo apenas uma parte (por exemplo - se receber € 700, penso que só recebi € 650, e os restantes € 50 é como se não existissem);
2 – Desse valor que eu considero ordenado recebido, desconto todas as despesas certas que tenho para pagar (por exemplo - renda de casa, mensalidades de carro, TV Cabo, Seguros);
3 - O restante, fica para as compras, e despesas que possam entretanto surgir;
4 – As contas de água, luz e gás, podem inserir no número 2 ou no 3, consoante o modo e a data de pagamento;
5 – Aconselho a anotarem todas as despesas mensais, de forma a terem uma ideia de quanto gastam normalmente;
6 – Revejam a vossa rotina, e verifiquem se têm vícios que, eventualmente, possam cortar;
7 - Na hora de irem às compras, é melhor fazerem, previamente, uma lista do que realmente precisam.
Claro que haverá pessoas que precisam do ordenado completo e, ainda assim, pode não ser suficiente.
Mas para quem tiver a possibilidade de poder utilizar este método, sabe que tem sempre ali um dinheiro extra (com o qual não fez conta), e que poderá utilizar em caso de necessidade. Os meses não são todos iguais, e é bom saber que aquele dinheirinho que não nos fez falta num mês, deu imenso jeito noutro em que os gastos foram maiores. Se não for preciso, é sempre uma poupança que têm, para recorrer em último caso! E, se depois de tudo pago, ainda vos sobrar dinheiro, podem juntá-lo a esta poupança.
Convém ainda lembrar que, apesar de todo este controlo, sempre partindo do que é realmente essencial, não nos devemos privar ou abdicar, se tivermos oportunidade, de um ou outro mimo. Não é por comprarmos aquela gulodice que nos apetece tanto, aquela camisola que vimos na loja, tomar uma refeição fora de casa, ou beber o nosso cafezinho a seguir ao almoço, que vamos ficar mais pobres!
Boas contas!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Se soubesse que não iria falhar...

...casava-me!? (novamente)

Acho que qualquer pessoa, se soubesse à partida que não iria falhar, faria tudo aquilo que muitas vezes não faz ou hesita em arriscar, por não saber se irá dar certo ou não.
E, se é certo que, "estando deitados, não corremos o risco de cair, mas também não andamos para lado nenhum", que é o mesmo que dizer que, apesar de não haver certezas, mais vale arriscar e viver, do que ficarmos parados e quietinhos na nossa zona de conforto, também é certo que, por vezes, precisamos mais de segurança do que aventuras!
Se nos dá prazer viver cada momento sem saber o que dali poderá resultar, ou o que o futuro nos reserva, e ir descobrindo aos poucos, também seria bom se, uma vez por outra, nos levantassem uma pontinha do véu, se nos mostrassem uma pequena luz que nos iluminasse.
Se é verdade que é com os erros que aprendemos, e que precisamos de experimentar tudo na vida, porque só assim poderemos tirar partido desta nossa breve passagem, também é verdade que algumas vezes seria melhor saber como evitar certos acontecimentos, e seguir outro caminho.
Falhar é humano, e quase sempre vale mais tentar e falhar, do que nem sequer tentar. Digo quase sempre, porque acredito que há momentos em que é preferível fazer uma paragem. Cabe-nos a todos nós decidir!

domingo, 29 de janeiro de 2012

Recordações


“Está na hora de te desfazeres de todas as minhas coisas. Não precisarás de nenhuma delas para te lembrares de mim…Eu estarei sempre contigo, na tua memória, no teu pensamento, e no teu coração! É aí que me guardarás e recordarás…”

Quando li isto, pensei: se eu estivesse no lugar dela, não sei se iria conseguir cumprir esta missão.
É certo que não precisamos de recordações (materiais) para nos lembrarmos daqueles que amamos, nem para os mantermos presentes no nosso pensamento e no nosso coração.
Mas também é verdade que, até mesmo as recordações materiais, podem ter um valor sentimental.
E eu sou daquelas pessoas que gosto de guardar tudo: a rolha de uma garrafa de espumante, aberta naquela ocasião especial, o postal do dia dos namorados, objectos preferidos, aquela velha peça de roupa…
Podem ser apenas meros objectos, mas cada um deles tem a sua história, e cada um deles faz-nos relembrar sentimentos e emoções que fizeram, em algum momento, parte da nossa vida e da nossa própria história!
À medida que os vamos de novo descobrindo, um a um, voltamos a reviver cada uma dessas experiências, regressando a um passado que desejávamos não ver apagado.
Pegar em todas essas lindas lembranças, e colocá-las em caixotes, sabendo que nunca mais voltaremos a vê-las (porque a pessoa a quem pertenciam não está mais entre nós para usufruir delas, e nos incumbiu dessa penosa tarefa), não seria, pelo menos para mim, nada fácil!
Embora compreenda que acaba por ser benéfico dar esse passo, para podermos seguir com a nossa vida, é um facto que, quando amamos, custa sempre desfazermo-nos de algo que pertencia a pessoas para nós tão especiais e importantes, não pelo seu valor material, mas pelo valor emocional!

sábado, 28 de janeiro de 2012

Lord of the Dance

Vi este espectáculo no Pavilhão Atlântico e adorei!
São bailarinos fantásticos que, através da dança, contam uma história que poderia ser a de todos nós...

Lord of the Dance (Deus da Dança) é um dos mais famosos e aclamados espectáculos mundiais, de música e dança celta.
Criado, coreografado, estrelado e produzido por Michael Flatley - dançarino americano filho de irlandeses (que ganhou notoriedade no Riverdance), e cujo sonho era montar um espectáculo de dança capaz de ser exibido em arenas e estádios em vez de teatros tradicionais, e com música escrita por Ronan Hardiman, este espectáculo levou seis meses para se tornar realidade.
A história, baseada no personagem “Lord of the Dance” (Deus da Dança), na sua luta contra o senhor do mal "Don Dorcha" que queria conquistar “Planet Ireland” (Planeta Irlanda), e no tema "Amor contra Luxúria", traduz-se numa experiência única de movimentos, marcados pelo sincronismo e o rigor, em coreografias que exprimem a força da cultura tradicional irlandesa.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Nós por cá, e eles por lá!


Em forma de resumo dos vários acontecimentos dos últimos dias, temos então a assinalar:

1 - O Pobre Destino de Aníbal Cavaco Silva - pobre senhor que, não fossem as poupanças feitas ao longo de uma vida, não teria agora, com a sua fraca reforma, como fazer face às despesas quotidianas! O que vale é que os portugueses são um povo solidário e uniram esforços para, apesar da crise, contribuírem com uma moedinha para salvar esta família da pobreza! Há dias (e palavras) infelizes para algumas pessoas!

2 - O Pobre Destino de Francesco Schettino - então não é que o senhor, com o seu navio a afundar, no meio de toda a confusão e pânico que se instalou, teve a infelicidade de cair num bote salva vidas?! Infelizmente, depois desse trágico acontecimento, não lhe foi possível retornar ao navio e comandar as operações de salvamento! Assim nasce um herói! Da cobardia!

3 - O Pobre Destino de Valeri Bojinov - cheio de boas intenções e com toda a sua modéstia, querendo aliviar o seu colega de tão grande responsabilidade, decidiu carregar ele o pesado fardo de marcar o penalty. Quis o destino que falhasse o alvo e, agora, ao invés de lhe valorizarem a boa acção, instauraram-lhe um processo disciplinar! Não há condições... Há jogadores que ainda não perceberam que uma equipa é constituída por 11 jogadores, e não apenas por um, e que há que respeitar os colegas e quem comanda a equipa!

4 - O Fabuloso Destino do Sporting - não venceu ainda nenhum jogo em 2012, mas nem por isso baixa os braços! Decidiu dedicar-se às artes decorativas do corredor de acesso aos balneários da equipa visitante no Estádio de Alvalade, tranformando-o num lindo campo de girassóis, com direito a borboletas! E depois de ter ouvido falar do oleão que, com um nome tão pomposo, até poderia ter descendência sportinguista (o'leão mostra a sua garra), imagino que seria bom para o Sporting dedicar-se também à reciclagem! De jogadores, quem sabe...

Por hoje é tudo!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Ironia do Destino?


Acabei de ler, no domingo passado, este livro da Cecelia Ahern, e não pude deixar de pensar "foi uma excelente compra"!
Embora eu não me veja totalmente reflectida na personagem Holly Kennedy, a verdade é que, em certos aspectos, somos parecidas.
Revejo-me em algumas situações, sentimentos e características que me fazem utilizar este livro como uma espécie de guia, com ensinamentos que posso aplicar na minha própria vida!
Quando estou numa situação mais desconfortável, lembro-me da noite de karaoke da Holly, e como ela sobreviveu e encarou o palco e o público, depois daquele ataque de pânico!
Lembro-me de como a Holly, mesmo sem muita segurança, enfrentou a sua entrevista para emprego, dizendo algumas coisas que, muito provavelmente, em vez de abonarem em seu benefício, a desvalorizavam. Mas foi ela própria e, talvez por isso mesmo, com todos os eventuais disparates e "calinadas", foi ela a escolhida!
A Holly poderia ser qualquer uma de nós, com os seus medos, as suas dúvidas, as suas inseguranças, o seu desespero, a sua apatia, as suas pequenas vitórias de cada dia, as suas frustrações, os seus sentimentos...Está longe de ser a filha perfeita, a mulher perfeita, a amiga perfeita, diria até que estaria longe de ser a esposa perfeita. Mas todos gostam dela exactamente como é, compreendem-na, estão com ela e tentam ajudá-la a seguir em frente com a sua vida.
Ao longo do livro, ela vai perceber que as pessoas podem mudar. Vai surpreender-se, pela positiva, com algumas delas, e pela negativa, com outras. Ela própria, em determinados momentos, não vai agir da melhor forma com as suas amigas, talvez se torne até um pouco "egoísta", se assim se pode chamar. Mas consegue perceber que a vida não pára, e que apesar da infelicidade dela, as pessoas não podem abdicar das suas vidas para a consolarem a tempo inteiro. Essas pessoas não podem deixar de ser felizes porque ela não o está a ser.
Ao longo de um ano, uma sucessão de acontecimentos (familiares, casamento de uma amiga, gravidez da outra, novo emprego, aventuras inesperadas e caricatas, provas duras e difíceis de superar), vai mostrar a Holly que é possível sobreviver depois da perda do seu pilar, através da construção de novas bases, novas motivações e objectivos.
Apoiada pelos "dez mandamentos" e por quem realmente se preocupa com ela, Holly vai dar um novo rumo à sua vida, sabendo que haverá dias mais felizes e outros mais tristes, que vai haver momentos em que irá abaixo, mas outros em que se levantará com força.
E um dia, certamente, reencontrará o amor!  

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Os sentimentos têm peso e medida?



"Quando se gosta de alguém não há desculpas. Quando se gosta de alguém, não há nada mais importante do que essa outra pessoa. Não há mensagem que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estávamos a passar num sítio sem rede, porque a amiga não nos deu o recado, porque não estavámos em casa. Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, ouvimos sempre o telefone, a campainha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram e não respondemos só no final do dia, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos." 


Como saber se alguém gosta de nós? E como medi-lo?
Será que isso é possível?
Quando se gosta de alguém, não há desculpas, é verdade. Mas também é verdade que não precisamos delas, porque pode e há, por vezes, factos reais que podem, em determinados momentos, limitar ou impedir as nossas acções.
É mais que natural que haja mensagens por abrir, porque no momento em que foram enviadas não as vimos. Podíamos nem estar ao pé do telemóvel, podia estar sem som, podíamos estar ocupados com outras coisas. Podemos até ter ficado mesmo sem bateria (normalmente isso acontece sempre quando mais precisamos). E, além disso, a nossa vida não se resume a um telemóvel.
E quem diz ao telemóvel, diz ao telefone ou à campainha. Porque, simplesmente, não somos obrigados a estar em casa, ou a estar em alerta, sempre à espera que alguma coisa aconteça, que alguém precise de nós, que alguém nos chame. Se o fizéssemos, não estaríamos a levar uma vida normal.
Quando gostamos de alguém, essas pessoas são realmente muito importantes para nós, mas será que não deverá haver nada mais importante que elas?
Tenho uma filha, tenho os meus pais, o meu irmão, os meus sobrinhos, o meu namorado...amo-os a todos, e são as pessoas mais importantes da minha vida. Mas, ainda assim, não posso viver a minha vida, única e exclusivamente, em função deles.
Quando queremos, e podemos, estar juntos, não existem desculpas. Nem precisamos delas!
Durante a semana, só estou com a minha filha de manhã e à noite, ora a prepará-la para ir para a escola, ora a prepará-la para ir para a cama. Será isso uma desculpa? Não, é uma realidade! Mas posso estar com ela com maior qualidade ao fim de semana e, por isso, faço-o.
O meu namorado trabalha de noite, eu de dia. Durante a semana muito difícilmente nos podemos ver. Como moramos longe, fica dispendioso andar de um lado para o outro. Será isso uma desculpa? Não, é a realidade! Mas quando temos um fim de semana e condições financeiras, estamos juntos!
O meu pai precisava de falar comigo, ligou-me, mas eu só vi a chamada perdida mais tarde, quando peguei no telemóvel. Será mais uma desculpa? Claro que não, se tivesse dado por isso, atendia!
Uma amiga pergunta-me se me posso encontrar com ela num determinado dia, mas eu já tinha outra coisa combinada. Será que estou a utilizar esse facto como desculpa? Penso que não, é um facto! Resta-me decidir racionalmente se não haverá problema em desmarcar o que estava programado, em virtude da necessidade da minha amiga.
Ainda assim, penso que, acima de tudo, não podemos atender a todas as solicitações que nos chegam, anulando-nos a nós próprios.
É com enorme prazer, satisfação, amor, carinho e dedicação que, quando realmente gostamos das pessoas, tentamos sempre estar lá para eles quando mais precisam. Mas convém que estejamos cá, também, para nós!
Quanto à forma como demonstramos aquilo que sentimos, cada pessoa tem a sua maneira de o fazer. Muitas vezes não é aquela que gostaríamos, nem tão pouco aquela que nós usamos. Mas será que, quando se gosta, mesmo mostrando-o de diferentes formas, não o estamos a mostrar na mesma?
Perante uma determinada realidade, situação, facto, adversidade ou acontecimento, podem haver diversas reacções.
É como se nos apresentassem uma meta, à qual podemos chegar por diferentes caminhos - uns escolhem o mais longo, outros o mais curto, uns escolhem o mais direito, outros o que tem mais curvas, mas no fim, todos lá chegam!
O amor é assim! A amizade é assim! Qualquer sentimento é assim! Mas, quando é verdadeiro, conseguimos transmiti-lo, e as pessoas sentem-no!
Quem nos conhece bem, sabe a forma própria que temos de demonstrar aquilo que sentimos. Conhece bem o valor dos nossos sentimentos!
E não terá motivos para duvidar deles!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Preciso de um destes para a minha rua!



É impressionante - mal saio de casa, a primeira coisa que vejo é a rua enfeitada!
Continuo a andar, tentando evitar, com grande dificuldade, estes desagradáveis presentes que os amigos cães nos deixaram. Sim, porque quando não estão à esquerda, estão à direita, e se não estão nem numa nem noutra, estão ao centro!
Os carros, que passam por cima, e a chuva, que sempre lava um pouco, não são suficientes.
Até porque, quando os mais antigos já estão espalmados e secos, constituindo uma ameaça diminuta, logo aparecem novos e fresquinhos, para nos fazer perder a cabeça!
O pior é que, infelizmente, não é só na minha rua que isto acontece. Este fenómeno alastrou-se em grande escala por todos os lados por onde passo. Ou seja, quase se pode dizer que a vila inteira está infestada por esta praga!
E ainda dizem que os cães são animais inteligentes...
É certo que os animaizinhos têm que fazer as suas necessidades em qualquer lado, e que ainda não inventaram casas de banho para cães.
Mas nesse aspecto, decididamente, os gatos ganham com larga vantagem.
Enquanto um cão faz o "serviço" onde calha, muitas vezes até em casa, um gato procura sempre o seu cantinho (que de preferência deve estar limpo, porque se não estiver ele já se sente incomodado), e tenta tapar tudo depois de fazer.
Mesmo na rua, nunca vi porcaria de gato nenhum.
Os sacos, que foram especialmente colocados para que os donos dos animais recolhessem os dejectos, de nada servem, porque muitas vezes a falta de civismo começa exactamente nessas pessoas, que pouco se ralam se isso incomoda os outros.
Além disso, quem se atreverá a pegar num saco, e limpar o que foi deixado pelos inúmeros cães vadios?
Se o cão tiver um dono, podemos sempre responsabilizá-lo. Mas, e aqueles que não têm?
Outra coisa que me deixa, inevitavelmente, irritada é o facto de agora se ter tornado moda as forças de segurança, neste caso a GNR, andarem a passear e a fazer as rondas montados em cavalos. Cavalos esses que também não se envergonham na hora de deixar a sua marca mesmo no meio da estrada porque, afinal, também eles não têm casa de banho privativa!
E como isto mais parece o país da bicharada, e da "cocózada", ainda encontro, uma vez ou outra, centenas de bolinhas com que as queridas ovelhas nos brindaram, à sua passagem!
Sim, eu sei, é uma conversa porca e mal cheirosa!
Mas acreditem que, para quem assiste a esta crescente falta de limpeza e higiene das ruas da minha terra, há muito tempo que começou a cheirar mal de mais!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Mãe - eu quero um telemóvel!




Aposto que foi um dos presentes solicitados no passado Natal!
As crianças de hoje crescem em convívio directo com as mais variadas tecnologias, entre as quais o telemóvel.
Para os adultos, é uma ferramenta cada vez mais fundamental.
O telefone portátil, cuja intenção inicial era ser usado para comunicar, funciona como uma espécie de “cordão umbilical”, que os liga aos familiares, aos amigos, ao trabalho, e ao mundo.
Através das várias funcionalidades, que lhe foram adicionando ao longo dos anos, acaba por adquirir também um estatuto de acessório estético, com o mundo dentro – telefone, internet, máquina de filmar, máquina fotográfica, rádio, tv, agenda, e-mail, jogos, GPS, calculadora.
Serve de companhia, dá a sensação de segurança, organização e coordenação do dia-a-dia.
Não é, pois, de admirar, que também as crianças se sintam fascinadas por estes “brinquedos”, que muitas vezes conhecem melhor que os próprios pais!
E se é tão fácil os adultos criarem uma “dependência psicológica”, para as crianças não é diferente!
A minha filha recebeu de presente do pai, neste Natal, o tão desejado telemóvel, que há muito pedia.
As “dores de cabeça” não tardaram a surgir: desde quase não dormir, na primeira noite em que o teve na mão, para mandar mensagens à mãe, a passar o tempo a jogar ou a tirar fotos em vez de se despachar e fazer as tarefas prioritárias, já foram vários os motivos que me levaram a chamá-la à atenção.
Embora muitos pais se sirvam dele como forma de distrair ou entreter os filhos, convém que a relação destes com o telemóvel não se torne obsessiva. Cabe aos pais estarem atentos e moderarem o seu uso no dia-a-dia, impondo algumas regras, se necessário for.
O telemóvel não tem que ser um inimigo, basta que o saibamos utilizar e ensinar a utilizar!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

M...


M       

...de Mudança
...de Mafra
...de Mulher
...de Mãe

m...de Revista!

A nova revista, com periodicidade mensal, do concelho de Mafra, tem por objectivo destacar o que por cá acontece, o que de melhor aqui se faz, e o que este concelho tem para oferecer nas mais variadas áreas como o turismo, a cultura ou a restauração.

É, também, uma revista mais dirigida para o público feminino, com uma imagem atraente e moderna.

Uma aposta de qualidade, e bilingue (português e inglês), para que possa chegar aos milhões de turistas que ao longo do ano visitam o concelho, que surge pelas mãos de Luís Arriaga (anteriormente ligado à publicação Folha do Café, afastado da televisão e do mundo das cantigas por vontade própria), na qualidade de director da publicação, e de Susana Pimenta, directora adjunta e editora! 

Numa altura em que a palavra de ordem é a crise, este projecto jornalístico avança, sem medos, afrontando-a, pois a revista M, é de distribuição gratuita, e está disponível em estabelecimentos comerciais, balcões de instituições financeiras e postos de turismo.

E eu atrevo-me a dizer que poderá ser também M de "Marta", uma vez que alguns dos textos que aqui se encontram, serão futuramente publicados na "Revista m", tornando-me numa espécie de colaboradora!

Parabéns aos mentores e a todos aqueles que, gentilmente, dão o seu contributo para que esta revista continue a prestigiar este concelho, e a brindar-nos todos os meses com a sua crescente qualidade!


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A TDT em Portugal



Já muito foi escrito e dito sobre a TDT - Televisão Digital Terrestre – que também poderia ser “televisão de todos” mas que, na verdade, é só para alguns.
Porquê?
Porque, no ano do “apagão” definitivo do sinal analógico, continua a haver muita falta de informação. Locais onde não existe qualquer sinal e, como tal, não é possível as pessoas continuarem a ver televisão como até agora. E porque é uma mudança, para muitos, dispendiosa, que a todos nós foi imposta sem direito a consulta ou opinião.
Até aqui, com o sinal analógico, tínhamos 4 canais gratuitos. Agora, temos que pagar para podermos ter acesso a esses mesmos canais.
Quem é que sai beneficiado? Diria que a maior fatia do bolo vai, sem dúvida, para as operadoras e empresas.
Seja pela venda de aparelhos descodificadores, e outros possíveis acessórios no caso de televisões mais antigas, ou pelo recurso à televisão por cabo, também ela paga.
Claro que, para disfarçar e nos fazerem acreditar que são generosos com a população, aumentaram a comparticipação na aquisição das caixas descodificadoras que, para os utilizadores mais carenciados, é de 50%.
Quais são as nossas vantagens? Melhor som e imagem – para quem não se situar nas zonas críticas, porque aí ficam, simplesmente, “às escuras”, guia de programação e informação sobre os programas em emissão, possibilidade de gravar e reproduzir filmes, fotografias, vídeos – são algumas das frases de campanha que se podem ver.
Será que isso justifica o pagamento do serviço? Talvez não seja suficiente. Talvez com a oferta de mais canais, a receptividade fosse maior, e a indignação diminuísse.
Assim, fica a sensação que uns têm ideias aparentemente “brilhantes”, outros decidem pô-las em prática como mais lhes convém, e a população é que paga!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Era do Dinheiro



Quando eu nasci, não sabia o que me esperava cá fora!
Estava habituada a “habitar” numa pequena bolsa de água quentinha, que me mantinha viva, que me protegia, que me alimentava, onde dormia, e que me dava tudo o que eu precisava.
Mas os meus pais sabiam que seria necessário mais do isso.
Eles precisavam de dinheiro para me comprar alimento; precisavam de dinheiro para me comprar roupa; precisavam de dinheiro para me comprar fraldas, produtos de higiene, e medicamentos.
Eu fui crescendo, e eles precisaram de dinheiro para me pagar os estudos, os passeios da escola, as fotografias da turma.
Agora que sou adulta, o que é que eu preciso?
Se quiser comprar ou alugar uma casa para morar? Preciso de dinheiro!
Se quiser viajar? Preciso de dinheiro!
Se precisar de me deslocar, em transporte próprio ou público? Preciso de dinheiro!
Se estiver doente? Preciso de dinheiro!
Se me quiser alimentar? Preciso de dinheiro!
Se me quiser vestir e calçar? Preciso de dinheiro!
Se quiser comprar alguma coisa, seja para mim ou para oferecer? Preciso de dinheiro!
Se quiser levar um determinado projecto adiante? Preciso de dinheiro!
Se quiser casar ou divorciar? Preciso de dinheiro!
Se quiser ter filhos? Preciso de dinheiro!...
Pensando bem, o que é que eu posso, então, ter ou fazer, que não necessite de dinheiro?
A educação, os valores, os sentimentos…
Mas de que me adianta tudo isso, se não tiver dinheiro?
Posso até ter saúde, sem ter dinheiro. Mas ela depressa desaparecerá, a partir do momento em que, por falta desse mesmo dinheiro, não me puder alimentar, matar a sede, ir ao médico ou comprar medicamentos quando estiver doente.
E se não me posso, eventualmente, curar, por falta de dinheiro, tudo o resto morre comigo!
Talvez a Adão e Eva, tudo tenha sido oferecido, sem que necessitassem de um saco de moedas ou um maço de notas para troca.
Talvez em séculos passados, houvessem outras formas de nos mantermos e sobrevivermos.
Mas eu, feliz ou infelizmente, nasci na era do dinheiro.
E, por isso mesmo, por mais que me digam que o dinheiro não é tudo, que o dinheiro não traz felicidade, que o dinheiro não nos dá saúde, e todas essas frases que já conhecemos tão bem, a verdade é tudo à minha volta me mostra e prova exactamente o contrário!
Não é tudo, mas quase tudo depende dele! Quase tudo gira à volta dele! E, digam o que disserem, o dinheiro é uma preciosa ajuda sempre bem-vinda!

Sensação de Liberdade




Há momentos, na nossa vida, em que temos necessidade de fazer alguma coisa, que nos faça relembrar e reviver a sensação de liberdade!
Principalmente quando vivemos, dias e dias, presos à nossa rotina diária, que mal nos deixa tempo para respirar.
Durante toda a semana saio de casa cedo e chego tarde. O tempo que passo em casa, ou é para dormir, ou para as tarefas domésticas.
Chega então o fim-de-semana. A minha filha vai passar o dia com o pai, e o meu namorado vem ter comigo. No dia seguinte, ou estou com os dois, ou estou com a minha filha.
Em seguida, tenho pela frente mais uma semana de trabalho! E um novo fim-de-semana chega!
Um dia para estar com a minha filha e, finalmente, o dia em que estou sozinha!
É um bom motivo para dar pulos de alegria – tenho finalmente um dia só para mim, para fazer o que me apetecer!
Mas a verdade é que não é bem assim. Esse é o dia em que aproveito para fazer uma limpeza mais elaborada à casa, que o dia-a-dia não permite.
É claro que conseguir guardar algumas horas de quinze em quinze dias para me dedicar ao que mais gosto, não é tarefa fácil.
Por isso mesmo, é perfeitamente normal que ao fim do dia me sinta sufocada por estar fechada em casa, e com uma urgente necessidade de sair à rua, de apanhar ar, de sentir a liberdade invadir-me, nem que seja por breves instantes.
E, hoje, a liberdade manifestou-se em tons de cinzento e verde! O cinzento, do céu carregado, ameaçando a chegada de um temporal a qualquer momento. E o verde, das árvores que me rodeiam, enquanto caminho!
É um belo cenário, desafiador…a natureza no seu melhor…ou pior, dependendo da perspectiva de cada um. Mas eu gosto deste tempo, e naquele momento pouco me importava se ia começar a chover, a trovejar ou qualquer outra coisa.
Sentia-me livre! E isso era o mais importante!