Muitas vezes guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, pequenos textos que escrevemos e ficaram arrumados numa gaveta fechada...


Eu decidi abrir essas gavetas, e o resultado é este blog!




How many times we keep things for our own – opinions, feelings, ideias, moods, reflections, some little texts we wrote and put on a closed drawer…

Now I have decided to open those drawers, and this is the result!



domingo, 30 de outubro de 2011

Vida de mãe de estudante!

Uma das coisas que a professora da minha filha perguntou aos pais, na primeira reunião do 1º ano, com direito a votação, foi se concordávamos que os nossos filhos levassem trabalhos de casa ou se éramos contra.
Por maioria, com a promessa de que seriam apenas os necessários e sem sobrecarregar as crianças, ficou decidido que seriam brindados com os amigos TPC's!
Com uma ou outra excepção, quase todos os dias a Inês trazia fichas para fazer. E de todas as vezes que isso acontecia, poucas eram as ocasiões em que ela as fazia em casa dos avós. Normalmente, saía da escola, ia passear com o avô para não deixar a avó com os cabelos em pé, e esperava que a mãe chegasse a casa já perto das 20h, para então se dedicar à sua tarefa.
Já para não falar que, nos períodos de férias, a professora dava uma folga ao seu papel de "má da fita", e transferia-o para os pais - ficávamos nós encarregues de lhes dar trabalhos.
Assim se passou o primeiro ano, comigo sempre em cima da minha filha, a tentar que ela desse o melhor e fizesse o melhor que conseguia, a lutar para que ela nas férias de verão não se esquecesse do que tinha aprendido até aí...
E cá estamos as duas no 2º ano, de regresso aos queridos trabalhos de casa que cada vez demoram mais tempo a ser feitos...Depois de acordar de manhã uma hora mais cedo do que o ano passado, e de passar o dia todo na escola, é mais que normal que no pouco tempo que tem livre até eu a ir buscar, aproveite para brincar. E é ainda mais natural que às 20h a vontade dela seja jantar, e estarmos um bocadinho juntas, sem o stress dos trabalhos para fazer, antes de se render ao sono e adormecer. A verdade é que se a ela lhe falta vontade, aplicação e empenho, a mim confesso que muitas vezes me falta a paciência para estar sempre a repetir "Inês, faz os trabalhos!", "Inês, despacha-te", "Inês, toma atenção ao que estás a fazer!".
E assim se transforma um fim de dia que até poderia terminar de forma agradável, num verdadeiro tormento para as duas.
Como diz o psicólogo Pedro Caldeira "as crianças devem ter tempo para si – para brincar e fazer o que bem entenderem quando estão fora do ambiente escolar".
E eu acrescento, também os pais deveriam ter tempo para estar com os filhos, brincar e conversar sobre outras coisas, depois de um dia esgotante de trabalho e das muitas tarefas domésticas que todos os dias nos esperam em casa.
Ser estudante não é fácil...mas ser mãe de estudante também não!

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