Muitas vezes guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, pequenos textos que escrevemos e ficaram arrumados numa gaveta fechada...


Eu decidi abrir essas gavetas, e o resultado é este blog!




How many times we keep things for our own – opinions, feelings, ideias, moods, reflections, some little texts we wrote and put on a closed drawer…

Now I have decided to open those drawers, and this is the result!



quarta-feira, 28 de março de 2012

Sinto-me...

... como uma flor a murchar!



Habituada a estar grande parte do tempo num belo jardim florido, apesar das intempéries a que estou sujeita, sentia-me bem e estava feliz.
Nem sempre posso ser regada como deveria, mas costumo aguentar-me durante esses períodos, até que a água me volte a devolver a vivacidade.
Por vezes, flores mais pequenas são arrancadas e levadas, mas dali a pouco, novas flores voltam para me alegrar e compor o jardim!
Mas, com o tempo, as coisas tornam-se mais difíceis… E começamos a perder a nossa força.
Depois de um momento complicado, quem cuida de uma parte de mim, ficou impedido de o fazer. E eu vejo-me impedida de lhe dar o que ele precisa para que tudo volte a ser como antes.
Depois de umas pisadelas, sem água e sem companhia, sinto-me a secar e a murchar, aqui “presa” neste jardim…
Ele sabe, ou deveria saber, como estou. Também ele se sente preso numa teia que não criou, e que não o deixa vir até ao jardim. Também ele está triste por não poder cuidar da sua flor.
Ainda assim, e porque sei que nenhum de nós tem culpa pela situação em que nos encontramos, tento não deixar transparecer a tristeza que me invade, a fraqueza que de mim se apodera. Tento manter-me erguida, apesar da eternidade que me parece o retorno à normalidade.
Só que ele, não sei bem porquê, deu-me a entender que preferia ver-me murcha e triste por não estar com ele, do que me encontrar aparentemente bem na sua ausência…
E então, as poucas forças que me restavam desapareceram…

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