Muitas vezes guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, pequenos textos que escrevemos e ficaram arrumados numa gaveta fechada...


Eu decidi abrir essas gavetas, e o resultado é este blog!




How many times we keep things for our own – opinions, feelings, ideias, moods, reflections, some little texts we wrote and put on a closed drawer…

Now I have decided to open those drawers, and this is the result!



Mostrar mensagens com a etiqueta beleza. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta beleza. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Viagem ao mundo da Barbie

 

“Chamo-me Barbara Millicent Roberts, mais conhecida por Barbie, e nasci a 9 de Março de 1959. Filha de Ruth e Elliot Handler, vim ao mundo já adolescente e tenho, até hoje, sobrevivido com sucesso ao passar dos anos, juntamente com o meu namorado Ken, e toda a minha família e amigos, que fiz ao longo de todo este tempo.
Acompanhando sempre a época, tanto no vestuário como no corte de cabelo, sempre vivi no mundo da moda, sendo a primeira a ser maquilhada e a receber acessórios.
A minha influência, nos dias de hoje, é visível e marcante, ao ponto de existirem comparações e apelidarem de Barbie alguém que, como eu, é loira ou se veste de rosa. Digamos que criei um padrão de beleza, valorizando a preocupação com a estética, e não é raro muitas meninas e adolescentes se quererem parecer comigo.
Mas gostava, acima de tudo, que me vissem como uma mulher inteligente, amiga, companheira, meiga e politicamente correcta!”

Na verdade, cada vez que oiço uma pessoa apelidar alguém de Barbie, o primeiro pensamento que me ocorre é o da “típica loira, burra, e fútil”, que só pensa em moda e pouco mais!
Mas, depois de ter visto todos os DVD´s de desenhos animados da Barbie, percebi que ela pode ter uma influência muito mais importante e valiosa sobre as adolescentes e mulheres.
Em cada filme, há uma mensagem – uma moral da história, um pensamento, um ensinamento, que nos mostra que existem valores e sentimentos preciosos que nunca devem deixar de existir dentro de nós.
A importância da verdadeira amizade, do verdadeiro amor, da liberdade, do nosso próprio valor, da confiança, da coragem…
Lembro-me de uma conversa que me marcou neste último filme, e que dizia respeito ao que era necessário para se ser um princesa – “não é uma coroa que faz de ti uma princesa”. A escola pode, através de aulas de etiqueta, de boas maneiras, de dança e outras, estimular a confiança. Mas confiança sem carácter de nada vale. Muitas alunas aqui têm confiança, mas falta-lhes carácter! (e aqui não pude deixar de pensar que provavelmente é o que acontece com os políticos!) Tu tens carácter, mas falta-te confiança, dizia ela à Barbie.
Por isso, por muito disparatado que possam achar uma mulher de 32 anos adorar filmes da Barbie, é a mais pura verdade, e não tenho vergonha de o dizer.
Pode até ter, e tem, muita fantasia. Mas tem também um fundo de realidade e aposto que se virmos bem, existe um pouco de nós em alguma das suas diversas personagens, existe um pouco da nossa vida em alguma das suas histórias!
Algo de bom que delas podemos retirar, e transportar para o nosso mundo!

sábado, 29 de outubro de 2011

Já a formiga tem catarro!



Hoje em dia é tudo "muito à frente"!
Ou terei sido eu a ficar para trás?
É que há determinadas modernices que ainda me custam a digerir e aceitar.
No Domingo, depois de a minha filha se despir para tomar banho, deparei-me com o seu último retoque de beleza - as unhas dos pés pintadas!
Não é que eu não goste de ver mulheres de unhas pintadas, até penso que lhes fica muito bem.
Mas uma coisa é preocuparmo-nos com essas vaidades na adolescência. Nessa altura até eu aderi à moda das unhas pintadas de preto, e dos tradicionais produtos de maquilhagem - batom, rímel, sombras e blush.
O que me surpreende, é que cada vez mais, as crianças queiram parecer mulheres. E cada vez mais cedo!
Aos 5 anos, era ver a minha filha agarrada aos kits de pinturas que se vêem à venda para crianças. Para o Jardim de Infância, já levava as unhas das mãos pintadas de rosa forte ou vermelho, porque dizia ela "as cores clarinhas não se notam tanto". Nos lábios, passava o batom não sei quantas vezes por dia, e perguntava sempre "Oh mãe, vê lá se ainda tenho batom!".
Ora, ela é ainda e apenas uma criança. Não deveria ela preocupar-se com outras coisas típicas dessa fase da nossa vida?
É certo que ela é bonita, e está a desenvolver-se bem depressa. Mais uns aninhos e já está uma mulher. Uma mulher que certamente não irá precisar de recorrer a truques de beleza, embora na medida certa sejam bem vindos.
Mas isto das modernices não se fica por aqui - poucos dias depois de ter iniciado o ano lectivo, chegou a casa e deu-me um papel para a mão. Adivinhem o que era - nada mais nada menos que o número de telemóvel da mãe do "namorado", para eu ligar a combinar o encontro do casalinho na semana seguinte! "Namorado" esse que anda com duas ou três ao mesmo tempo!
Embora, por um lado, não dê grande importância a estes episódios, por outro não posso deixar de ficar preocupada.
Há uma distância cada vez mais ténue entre o mundo infantil e o adulto - as crianças devem brincar, pular, saltar.
Em vez disso, vêem-se crianças que parecem querer saltar essa etapa fundamental da vida delas, e tornar-se precocemente adultas, imitando os pais, os seus ídolos, a moda...da roupa ao calçado, do penteado à maquilhagem. Até mesmo os seus comportamentos.
Só há um pequenino pormenor, é que se tornam adultas por fora mas por dentro dentro continuam a ser crianças - ou seja, são adultas para o que lhes interessa e convém, mas quando chega o momento de ter atitudes em conformidade, aí voltam à infância.
Então que o sejam em todos os sentidos e que o aproveitem, porque há-de chegar o tempo em que irão desejar voltar atrás, e não podem mais!